A diretora-geral da Saúde (DGS) Graça Freitas explicou que o Infarmed está a avaliar um conjunto de testes rápidos ao Covid-19. Segundo a responsável, tratam-se de testes ”bons” para detetar casos positivos.
Contudo, Graças Freitas informa que estes testes têm uma limitação – “detetam mal os casos negativos”. Por isso, não são tão fiáveis quanto os testes por PCR, avança o SAPO.
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) também está a avaliar a nova geração de testes rápidos de despiste de covid-19.“Estamos a avaliar uma nova geração destes testes rápidos que permitem detetar o vírus [Sars-Cov-2 que provoca a doença covid-19] também do exsudado da nasofaringe, da amostra respiratória, e é desta forma que o grupo de peritos se vai reunir para fazer as suas recomendações e a avaliação da utilização destes testes”, disse Raquel Guiomar, investigadora do INSA.
Estes novos testes rápidos apresentam “vantagens”, já que têm uma “baixa complexidade de execução” e permitem “fazer o diagnóstico perto do doente, do caso suspeito”, e obter “um resultado de forma rápida”contudo, também apresentam “critérios muito específicos para a sua seleção e critérios para a sua utilização”.
Segundo Raquel Guiomar, a nível internacional, a avaliação dos novos testes de diagnóstico rápido “está também a ser feita por parceiros europeus.
Raquel Guiomar lembrou que o INSA, em conjunto com a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e peritos de outras instituições de saúde, tem vindo a formar um grupo que tem acompanhado a qualidade e a diversidade dos testes de despiste de covid-19 e fez um ponto da situação relativamente ao que existe e ao que é recomendando.
A pandemia de COVID-19 já provocou, em Portugal, 1.963 mortes dos 74.717 casos de infeção confirmados, de acordo com o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde.