Bactérias que apresentam à sua superfície proteínas do vírus SARS-CoV-2 são a base de uma potencial vacina oral que está a ser estudada por investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade NOVA
de Lisboa (ITQB-NOVA), num esforço conjunto para encontrar mais ferramentas que travem a atual pandemia.
A descoberta de que uma bactéria modificada pode levar o seu hospedeiro
a desenvolver anticorpos que o protegem contra a malária, assim como outros estudos anteriores, foi determinante para arrancar com o projeto de estudo de uma nova vacina.
A ideia de desenvolver uma vacina oral com recurso a bactérias não é nova
e pode ser rapidamente escalável, com custos reduzidos, permitindo chegar
a mais pessoas em países onde as cadeias de refrigeração e a capacidade
de aplicação das vacinas pode ser limitada.
Há vários anos que no IGC e no ITQB NOVA se estudam as diferentes bactérias com que coabitamos e o potencial de algumas para induzirem
a produção de anticorpos que conferem proteção a doenças.