ISQ vai investir mais de um milhão de euros na área do fabrico aditivo ( impressão 3D) e espera no futuro investir mais.
A Manufatura Aditiva é uma área de aposta presente e futura do ISQ e será determinante para vários setores de atividade e vários clusters industriais que se queiram modernizar e subir na cadeia de valor, nomeadamente a nível internacional. Por isso, o ISQ está a investir em vários projetos e a criar competências nestas áreas. Está envolvido no maior projeto europeu financiado pelo Programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia, o Multifun, que envolve 21 parceiros e no qual o ISQ vai desenvolver novos materiais e equipamentos para clusters, como o caso do automóvel e da aeronáutica.
O ISQ está também envolvido no projeto SAM, que visa a criação de uma estratégia europeia para qualificações em fabrico aditivo. Está também ainda a desenvolver uma parceria com a RENISHAW na área da investigação de novos procedimentos e novos materiais.
A Impressão 3D e a manufatura aditiva vão alterar o modo de funcionamento de setores inteiros como, por exemplo, os moldes, a injeção de plástico ou mesmo a metalúrgica e metalomecânica. “Felizmente, tem existido visão estratégica por parte do governo e, nomeadamente, do Ministério da Economia e da Transição Digital, do Ministério do Planeamento e do Ministério da Ciência e Tecnologia nesta matéria e vários programas de política pública, dinamizados por exemplo pelo IAPMEI e pela Agência de Inovação e financiados pelos fundos estruturais de Portufal 2020, estão a comparticipar algumas iniciativas. É muito importante que Portugal olhe para o próximo ciclo de fundos comunitários com atenção e coloque a tónica no digital”, afirma o presidente do ISQ, Pedro Matias.
A nível global, o mercado do fabrico aditivo está avaliado em cerca de 10 mil milhões de dólares. Em Portugal ainda não existem estatísticas concretas, mas há estimativas. A médio prazo, 50% de muita da produção de componentes para, por exemplo, o setor automóvel, poderá vir a ser produzida com esta tecnologia. Algumas consultoras, como a Deloitte, estimam que a impressão 3D cresça cerca de 12,5% por ano e que as vendas com esta atividade (o que inclui impressoras, materiais e/ou serviços), por parte de grandes empresas mundiais, tenham ultrapassado os 2,4 mil milhões de euros em 2019 e possam chegar aos 2,7 mil melhões de euros já este ano.
A pandemia de Covid-19 veio acelerar a necessidade de transição digial e de perceber que muitas coisas na economia e na sociedade podem funcionar perfeitamente com base em tecnologias digitais.