Ao todo são mais de 200 as iniciativas previstas pelo Município de Oeiras para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, que se assinalam no mês que vem, que vão realizar-se a partir do próximo mês e vão prolongar-se por 603 dias, até novembro de 2025.
Entre as várias atividades, destaca-se a atuação “Coro Comunitário A Capela e o Povo” na noite de 24 de abril, na Igreja Matriz de Oeiras, no Largo 5 de outubro, em Oeiras. A “Queda do Império”, “Vejam bem”, “Cantigas do Maio”, “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, “Acordai” e “Grândola, Vila Morena”, são algumas das canções previstas, numa atuação que culimará com um espetáculo de fogo de artifício à meia-noite, lançado das cinco Uniões de Freguesias do Município de Oeiras.
No dia 25 de abril decorrerá a tradicional sessão solene durante a manhã, com as habituais cerimónias protocolares de celebração do Dia da Liberdade, a decorrerem em frente aos Paços do Concelho e com a sessão extraordinária da Assembleia Municipal no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras.
Mais tarde, às 21h30, no Jardim Municipal de Oeiras, irá realizar-se um concerto de Pedro Abrunhosa, um dos mais reconhecidos artistas nacionais, não só pela sua música e talento, mas também pela sua intervenção cívica, enquadrando-se incontornavelmente na celebração dos valores de abril.
Outras iniciativas de destaque do programa comemorativo de Oeiras para os 50 anos do 25 de Abril é, por exemplo, de 6 de abril a 20 de dezembro, no Palácio Anjos, em Algés, a exposição de João Abel Manta que celebra toda a sua obra, numa homenagem a este artista tão multifacetado que, no cerne do seu trabalho mais conhecido (a ilustração, nomeadamente na imprensa), representa melhor do que ninguém a situação político-social portuguesa do período pré e pós Revolução dos Cravos.
De 12 de abril a 28 de dezembro, o Centro Cultural Palácio do Egito, em colaboração com o Arquivo EPHEMERA, apresenta peças desta instituição (despachos e de boletins da censura, entre outros materiais), que servirão de base a uma exposição, “Censura a Defesa do Respeitinho”, que terá como objetivo sublinhar o facto de a Censura, que se manteve ativa durante 48 anos, ter conseguido, de modo bastante perverso, evitar a discussão pública e o acesso generalizado à reflexão política, à inovação social, à diversidade estética, à divergência de opiniões, procurando impor um entendimento único sobre Portugal e os portugueses.
Tertúlias na Galeria Verney, conversas comemorativas e declamação de poemas sobre Liberdade são outras das iniciativas previstas.