Portugal não registou qualquer morte por Covid-19 durante 24 horas entre domingo e segunda-feira. Após mais de quatro meses e meio depois, não foram registadas vítimas mortais no espaço de um dia devido ao novo coronavírus.
Apesar dos dados animadores, que a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) considera ser um momento “importante”, a entidade defende que as restrições devem manter-se na grande Lisboa e no resto do país.
Sobre se as restrições em vigor se devem manter para a Grande Lisboa, Ricardo Mexia, o presidente da ANMSP, não tem dúvidas que são para continuar. “Apesar dos números serem baixos continua a haver alguma predominância dos casos nesta região. Demoraram, mas parecem estar a reduzir. É manter o que está em vigor, não queremos que voltem a aumentar”, defende.
O também responsável do Instituto Nacional Ricardo Jorge admite que relativamente às medidas em vigor para o resto do país, aponta que “as atuais medidas já permitem um funcionamento de um conjunto de atividades” e que os portugueses precisam de se “adaptar a estas realidades”, cita o Jornal ECONÓMICO.
Ricardo Mexia sublinha a necessidade de começar já a preparar o inverno para fazer face a uma segunda vaga. Defende que se mantenham as medidas e feito o planeamento para o inverno, de modo a evitar o aumento do número de casos e enfrentar o inverno com maior tranquilidade.
O Jornal ECONÓMICO avança que o presidente da ANMSP defende que é preciso preparar com tempo o regresso às aulas em segurança. “Temos que preparar essa retoma das aulas, não é sustentável que as crianças não regressem às atividades letivas, tem de haver uma solução equilibrada entre essa retoma e a saúde e evitar a disseminação, vai ser um desafio importante, temos de planear para enfrentar”.