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Seg 23 Dezembro 2024
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Projeto Fruta Feia evitou que duas mil toneladas de fruta fossem para o lixo

O projeto Fruta Feia salvou, nos seis últimos anos, duas mil toneladas de frutas e legumes de irem parar ao lixo devido à sua aparência, colocando nas mãos dos 235 agricultores parceiros cerca de um milhão de euros.

Isabel Soares, mentora da cooperativa Fruta Feia explicou que chegar a este número em seis anos de existência do projeto significa que este é “um modelo que funciona e que conseguiu, baseado na responsabilidade do consumidor, salvar duas mil toneladas [de alimentos] do lixo”.

Isabel Soares lembrou que a fruta que não era aproveitada e ficava a apodrecer nos solos resultava em emissões com gases de estufa e que o projeto foi igualmente importante, neste sentido.

A cooperativa Fruta Feia, conta hoje com 235 agricultores como parceiros, e aproveita cerca de um terço da fruta e vegetais que os supermercados desperdiçam por considerarem que não têm o aspeto perfeito que os consumidores procuram ou o calibre necessário.

Seis anos depois do seu arranque, fazem parte do projeto 235 agricultores, tira do lixo semanalmente 15 mil quilos, conta com 5.500 associados e tem uma lista de espera de 15 mil pessoas.

De acordo com Isabel Soares, chegar às duas mil toneladas significou também “chegar praticamente a um milhão de euros nas mãos dos agricultores”, o que fez com que muitos pudessem comprar maquinaria ou contratar um trabalhador a tempo inteiro: “é uma rentabilidade extra muito importante”, frisou.

“Gente bonita come fruta feia” é o lema do projeto desde o primeiro dia, um projeto que pretende associar “bons ideais às pessoas que estão dispostas a comer” esta fruta não normalizada, para evitar o desperdício alimentar, concluiu Isabel Soares.

A Fruta Feia distribui à segunda-feira os cabazes nos Anjos, Matosinhos e Telheiras, à terça-feira no Rato, Almada e Gaia, na quarta-feira na Amadora, Campo Santa Clara e Porto e à quinta-feira na Parede e em Braga.

As cestas de fruta feia podem ser pequenas com 3/4kg e cinco a sete variedades, pelo custo de três euros e meio, e a grande com 6/8kg e sete a nove variedades, com o custo de sete euros.

São compostas por frutas e hortaliças, que variam semana a semana conforme a altura do ano.

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