A PSP e a GNR necessitam “no mínimo” de um recrutamento anual de cerca de dois mil elementos até 2023 para colmatar as saídas do efetivo.
O ministro da Administração Interna anunciou o recrutamento de cerca de 10 mil elementos para as forças e serviços de segurança até 2023 no âmbito do plano plurianual da admissão, contudo, os sindicatos da PSP e as associações socioprofissionais da GNR consideram que o número de contratações deverá ser superior, falando de um recrutamento anual de cerca de dois mil elementos até 2023.
Os sindicatos da PSP e as associações socioprofissionais da GNR estiveram reunidos com o secretário de Estado Antero Luís no quadro das negociações em curso e, segundo o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), “o secretário de Estado não avançou com o número exato sobre o número de entradas, mas garantiu que o plano tem em conta as propostas do sindicato”, disse, sustentando que “no mínimo devem entrar para a PSP 4.000 polícias até 2023”.
Paulo Rodrigues afirmou que vão sair da Polícia de Segurança Pública 3.600 polícias até 2023 por limite de idade.
O presidente do maior sindicato do PSP considerou “positivo” a entrada de novos polícias uma vez que vão “garantir o rejuvenescimento na polícia e acelerar a transferência de elementos entre comandos e as promoções”.
No mesmo sentido, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) defende que “no mínimo” devem ser recrutados 1.100 militares por ano até 2023, tendo em conta as 3.322 saídas previstas.
O presidente da APG/GNR frisou que o secretário de Estado avançou na reunião que os 10 mil novos elementos para a PSP, GNR e SEF incluem também civis.
Paulo Rodrigues e César Nogueira afirmaram que se vão manter os protestos marcados pelos elementos da PSP e da GNR para 21 de janeiro em Braga, Lisboa e Faro.
Na semana passada, os polícias decidiram realizar ações de protesto mensalmente até que o Governo responda às reivindicações.