Até à passada semana, mais de 30% de consultas e cirurgias no Serviço Nacional de Saúde (SNS) adiadas devido à pandemia de Covid-19 já tinham sido remarcadas. A informação é avançada pela ministra da Saúde, Marta Temido, que sublinha que estes reagendamentos foram realizados “sem recurso a mecanismos adicionais”.
“Até ao final da semana passada já havia mais de 30% de atividade de consulta e de cirurgia que tinha sido suspensa e que já estava remarcada e, portanto, sem recurso a mecanismos adicionais e este trabalho é um trabalho que vai ser continuado nos próximos dias e semanas”, disse Marta Temido, citada pela TSF.
O plano de recuperação da atividade suspensa “está a ser desenhado” e com base “nos levantamentos feitos pelas próprias instituições”, disse Marta Temido. “Temos vindo a trabalhar há várias semanas com hospitais e unidades de saúde nesse tema. Esse é um trabalho que irá agora ter desenvolvimentos concretos e específicos em torno dos cuidados de saúde primários, através de um conjunto de reuniões que vamos realizar ao longo do dia de amanhã e da próxima semana”.
Segundo a ministra, é nas especialidades de dermatologia, oftalmologia, ortopedia e neurologia onde existe maior número de pendências à espera de primeira consulta hospitalar, sendo estas as especialidades que já registavam listas de espera.
No que diz respeito a cirurgias, oftalmologia e ortopedia, esta última “das intervenções mais simples às altamente complexas” e também a neurocirurgia, “onde alguns atos só são praticados no SNS”, não tendo alternativa fora dele, são as especialidades que “mais preocupam” o Governo.